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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Quem doma um cavalo?



Domar um cavalo pode significar muitas coisas. Amansar, montar, conseguir fazer algo que antes não se conseguia, deixar o cavalo submisso, ganhar do cavalo. Para cada pessoa a doma tem um significado diferente, alguns positivos outros negativos pelo ponto de vista do cavalo. Quando tomamos a decisão de iniciar um potro, devemos sempre considerar que a partir daquele momento, um tanto a mais de responsabilidade sobre esta decisão passa a ser da pessoa, e não do cavalo. 
O cavalo não escolheu ser domado, nem tampouco trabalhado pelo ser humano. Por isso, ao iniciar um potro devemos ter este respeito, esta abertura, este comprometimento. Vejo muitos 
treinadores que, ao tomarem a decisão de iniciar o potro entram e travam uma batalha contra o potro, como se tivessem a obrigação de vencer, de ganhar, de ser mais ou maior do que o cavalo. Na verdade, o que vemos destes profissionais é um resultado pobre em qualidade, rico 
em palavras e atos brutos, e principalmente, um cavalo que passa a desenvolver reações que passam de desconfortáveis à perigosas em um curso espaço de tempo. E, nos dias de hoje, onde temos novos clientes que nunca tiveram cavalos antes, um cavalo perigoso é algo muito 
perigoso... 
Tudo isto ocorre todos  os dias no que chamo de “Brasil dos cavalos”. Imagine agora, neste momento, quantos potros estão sendo domados, iniciados, em contato com as pessoas pela primeira vez. 
Talvez o que devamos pensar então é: quem doma um cavalo? Este “quem” obviamente não significa qual pessoa, mas sim quais alguns dos principais fatores que fazem um potro bem iniciado, bem trabalhado? Em minha opinião, independentemente de metodologia ou ferramentas, devemos nos concentrar em 2 sentimentos: paciência e vontade de 
ensinar. Com estes dois sentimentos, conseguiremos descobrir quem 
doma potros... 

Aluisio Marins, MV