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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Alguns motivos para você escovar seu cavalo!



Escovar os cavalos pode parecer algo não muito importante ou mesmo frescura? Por parte de cavaleiros amadores ou profissionais. É verdade que além da estética, ou seja, seu cavalo fica sim mais bonito quando está escovado, existem alguns outros fatores que tornam a escovação algo muito importante. Vamos ver:
• Ao escovar seu cavalo, você prepara-o para receber a sela. Assim, se existe alguma sujeira, cisco, pedaços de barro ou terra, estes serão retirados, prevenindo seu cavalo de machucados e arranhões;
• Quando se escova um cavalo depois do trabalho, você retira o resto de suor que pode ser prejudicial à saúde. O suor quando fica seco forma crostas que podem vedar a respiração da pele do cavalo, além de machucar seu cavalo quando ele for selado (se não for escovado);
• A escovação serve para retirar pelos mortos e velhos. Quando a escova é passada, estes pelos velhos saem e estimulam o crescimento dos pelos novos, favorecendo assim a saúde do seu cavalo e o brilho do pelo;
• Além de trocar pelos, a escovação serve para massagear seu cavalo. Quando a escova é passada existe automaticamente uma massagem sendo feita. Esta massagem serve para reativar a circulação do cavalo. Quando esta circulação é ativada pela massagem da escova, favorece a saúde dos pelos e da pele do cavalo;
• Quanto mais você escova um cavalo, menos você vai precisar escová-lo. Pode parecer estranho, mas os cavalos que são constantemente escovados mantêm-se limpos e com os pelos brilhantes;
• Você deve escovar seu cavalo antes de montar, depois de montar, quando vê que ele está sujo ou quando você achar necessário limpar o cavalo. Não existe uma obrigatoriedade de número de vezes por dia, mas pelo menos antes e depois do trabalho é fundamental que ele seja escovado;

Como vimos, não é difícil e os benefícios são muitos. Escovar um cavalo faz dele um animal mais saudável e bonito. Aproveite e escove seu cavalo!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

10 dicas para seu cavalo viver melhor




1. Solte seu cavalo por pelo menos 2 horas ao dia;
2. Lembre-se que seu cavalo é um herbívoro. Priorize o capim de qualidade ao seu cavalo. Ração é muito importante mas não é a única parte da nutrição do seu cavalo;
3. Lembre-se que a ração do seu cavalo deve ser fornecida em porções pequenas em até 3 vezes ao dia;

4. Seu cavalo deve beber água limpa, na temperatura ambiente;
5. Mantenha os equipamentos de couro sempre encerados e limpos para prevenir lesões no cavalo;
6. Escove seu cavalo antes de montar. Isto fará com que os pêlos sejam renovados e seu cavalo se sinta melhor;
7. Lave a embocadura do seu cavalo após o uso, para evitar lesões no canto da boca causadas pelo resto de saliva ou alimento seco na embocadura;
8. Seu cavalo deve ser ferrado ou casqueado a cada 30 a 40 dias, por um ferreiro profissional, de qualidade e conhecimento sobre anatomia do aparelho locomotor;
9. Sempre tenha o telefone do Médico Veterinário em mãos;
10. Mantenha a vacinação e vermifugação sempre em dia, sob orientação do Médico Veterinário.

sábado, 25 de agosto de 2012

Seis animais desclassificados após o exame antidoping

Primeiro ano que a ABCCC realiza o exame antidoping e para a surpresa dos organizadores do Freio de Ouro, seis finalistas perdem a vaga conquistada nas fases classificatórias.
Neste primeiro ano de realização dos testes não haverá punição mais rígida para os proprietários dos animais, pois o regulamento do Freio de Ouro não está prevendo isso.
Ainda não foram divulgados os nomes dos desclassificados da final do Freio de Ouro que acontece amanhã no Parque de Exposições em Esteio.

 Créditos da foto: Diego Vara / Agência RBS

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ORACA DO ITAPORORÓ, ela é nota 10?

Oraca do Itapororó primeira da fila das melhores éguas da temporada 2012.
O julgamento definitivo do Freio de Ouro teve início hoje, dia 23 de agosto, pela manhã.
Na fila estavam 52 fêmeas finalistas. Imaginem quanta qualidade reunida...
A média da Oraca foi 9,233, em segundo lugar ficou a Freio de Prata 2011, Fantasia Cala Bassa com 8,60, seguida por AS Malke Rancagua com 8,517 e Nevasca da Boa Vista com 8,433.
Sobre a primeira colocada, que apesar de expressiva foi menor que a recebida por ela na semifinal  o comentário foi que a Oraca é uma égua com um conjunto maravilhoso, mas alguns detalhes ainda a separam do DEZ.

Oraca é nota DEZ? O que vc acha? Fica no ar a questão!

Veremos no domingo...

A maior competição da Raça Criola, O Freio de Ouro 2012!

Hoje pela manhã, estarão na pista do Freio de Ouro, os melhores exemplares da raça entre eles a égua  nota 10 em morfologia, Oraca do Itapororó... A égua quase perfeita!

Vamos torcer pelos nossos preferidos e que ganhe o melhor!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Dicas de como encilhar


Estas dicas servem tanto para iniciantes, quanto para os veteranos que gostam de montar.

BUÇAL: Lembrem-se, a primeira parte da encilha é o buçal. Sempre pegar o cavalo pelo cabresto. É errado colocar o freio antes de qualquer parte da encilha e também segurar e amarrar o pingo pela rédea.

Uma boa escova antes de começar a encilha deixa o pelo mais bonito e ajuda a tirar graveto que ficam no lombo do cavalo ocasionando um possível ferimento.

FREIO: Sempre coloquei por segundo, pois quando se coloca o freio o cavalo sente que o peão já tem domínio sobre ele e se aqueta.

XERGÃO: A primeira peça que vai no lombo do cavalo, de lã de ovelha que serve pra confortar os arreio no lombo do cavalo.

CARONA: É usada depois do baixeiro, com a finalidade do suor do cavalo não passar pro basto, evitando um possível apodrecimento.

BASTO: O basto é um dos arreios mais usados, é bem simples, composto por costura, cabeça e os bastos. Tem uma parte que é conhecida como estribeira, espelho e travessão, já ouvi estas últimas duas em diferentes partes do Estado, pendurado na argola do espelho estão os loros e abaixo os estribos.

CINCHA: Composta por travessão, barrigueira, látego (para apertar) e sobrelátego (para regular) na barriga do cavalo. Peonada, não coloquem a barrigueira muito pra frente porque pode assar, e nem muito pra trás, porque além de tirar o fôlego do cavalo pode correr para trás e afrouxar os arreios. Deixem a barrigueira no “osso do peito” do cavalo.

PEITEIRA: Antes de apertar  a Cincha, coloca-se a peiteira e prende-se ela nas argolas da cincha. Esta peça é usada geralmente em regiões onde o relevo é mais acidentado, como a Serra Gaúcha, com a finalidade dos arreios não correr para trás.

RABICHO: O rabicho é uma peça antiga e pouco conhecida, porém, bem simples, enquanto a peiteira não deixa os arreios correr para trás, o rabicho não deixa correr para frente, é apresilhado no basto e passa por baixo da cola do animal.

PELEGO: Usado bastante o preto da ovelha crioula, que serve pra um maior conforto pro peão, bom lembrar que antigamente o pelego serviu de colchão pros antigos tropeiros, e ainda serve.

SOBRE CINCHA: Composta também por travessão, barrigueira, látego e sobrelátego e cinchador (esta peça que diferencia a cincha) é ali onde é apresilhado o laço do peão, só para salientar mesmo, o antigo cinchador é um couro e uma argola na ponta preso na argola da cincha, hoje em dia é comum ver uma peça chamada “destorcedor” no lugar do cinchador onde facilita pra destorcer o laço. Lembrem-se de no entrevero explicar o que é realmente um cinchador.

LAÇO: O gaúcho de antigamente, não saía de casa sem seu laço, ate o laço no tento do basto, empurre para o lado de laçar, apresilhe a presilha no cinchador.

De mango na mão, espora e chapéu puxe o cavalo pra dar uns passos, veja se não afrouxou os arreios, bote a ponta da bota de estribo, alce a perna e monte!

Lembrem-se sempre de usar a forma mais antiga que há, não queiram inventar moda, somos tradicionalistas e zelamos pelo nosso antepassado.

Douglas Uilliam de Quadros da Silva
Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul 2011/2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O cavalo e seus segredos



Quando você monta um cavalo, 2 coisas importantes acontecem: 

1. Ele faz uma leitura super detalhada sobre você. Percebe seu nível de tensão, seu estado geral de descontração ou não. Percebe o quanto você está descontraído e relaxado, o quanto você está firme em suas decisões e técnicas. 
2. Ele percebe o quanto você sabe andar a cavalo. Parece que não, mas os cavalos percebem a experiência das pessoas quando estão montadas. Imagine uma criança montada a cavalo e não conseguindo controlá-lo. Logo em seguida, o instrutor monta e faz tudo. Por quê? Obviamente que o instrutor tem mais experiência e ferramentas, mas também porque o cavalo sente que esta experiência é passada através da decisão, da energia e da firmeza do instrutor. Assim, o cavalo leu então que a solicitação foi feita por quem tem experiência e sabe usá-la corretamente.

Qual, então, o “segredo” para que você consiga tudo com seu cavalo? Dentre muitas idéias, podemos destacar duas: 

1. Convivência. A qualidade da convivência com seu cavalo. Cavalos precisam sentir confiança e firmeza. Precisam gostar das pessoas e perceber as intenções de cada um. Quanto mais você convive, mais eles lhe conhecem. Quanto mais honesta e simples esta convivência, mais eles confiam em você.
2. Técnica: todos precisam de um mínimo de aulas de equitação. Entenda por equitação “andar a cavalo com segurança e técnica” e não necessariamente um esporte. Quanto mais aprendemos as ferramentas de controle de um cavalo, mais passamos a ele a segurança que precisamos.
Vicie-se a conviver mais com seu cavalo. Priorize as “coisas de cavalos”, busque técnicas e melhore cada vez mais a leitura que seu cavalo faz de você!

Nascimento



As éguas de primeira cria ou aquelas com histórico reprodutivo problemático devem inspirar maiores cuidados; algumas vezes os seus instintos maternos são despertados somente depois que ela vê e cheira o potro recém-nascido. Entre as éguas que tenham tido outros partos e criado potros sem problemas, o número de riscos diminui muito.

Se uma égua chega à propriedade já prenha, é importante descobrir detalhes sobre o seu histórico reprodutivo: quantos potros já teve, a que tipo de maneio era submetida na altura do parto, etc. Alguns criadores adoptam a prática (errônea na opinião da maioria dos autores) do parto assistido, em que auxiliares traccionam o potro, o secam, cortam o cordão umbilical etc., sem dar tempo para que estes eventos se processem naturalmente. Uma vez habituada a este maneio, a égua poderá ter dificuldades ao parir sozinha.

É preciso verificar a presença de vulvoplastia, cirurgia correctiva em que os lábios da vulva são costurados, e que exige uma incisão no momento do novo parto.

Os sinais visíveis do parto iminente incluem a flacidez dos músculos da garupa, o inchaço do úbere, e o relaxamento progressivo da vulva. Estes sintomas podem variar, algumas éguas ficam com o úbere cheio por duas semanas, enquanto outras parem de um dia para outro com ausência de sinais prévios. A presença de "cera" nas tetas, pequenas gotículas solidificadas de secreção, costuma dar-se nas últimas 24 horas antes do parto. O melhor é começar a acompanhar a égua quando ela tiver completado onze meses de coberta, tanto para que o responsável "acostume o olho" às alterações do animal, quanto para habituar a égua à presença daquela pessoa. O observador deve ser calmo e discreto, interferindo apenas em último caso. Quando realmente se deseja acompanhar o parto, é necessário verificar de hora em hora, especialmente entre as dez da noite e as quatro da manhã.

Algumas éguas apresentam relativo desconforto, dois a três dias antes do parto, o que está relacionado com a rotação do potrinho no útero, à medida em que ele adopta o posicionamento definitivo para o trabalho de parto. A égua poderá sentir dores durante três ou quatro horas, e depois retornar ao normal de um minuto para outro, como se nada tivesse acontecido. Esta ocorrência não deve ser motivo de preocupações, porém é preciso diferenciá-la da interrupção do verdadeiro trabalho de parto, quando o primeiro estágio não é seguido do segundo. Isto pode acontecer em casos de mal-posicionamento fetal, ou ainda se as contracções forem insuficientes.

O melhor critério para avaliar se o parto está a decorrer da maneira normal é a passagem do tempo. Depois de rompidas as bolsas, por vezes rompem-se durante o parto, as pontas dos cascos devem surgir em meia hora no máximo, e a partir daí, cabeça e tronco do potro deverão estar exteriorizados em uns quinze minutos. Dores muito intensas por parte da égua, com esforço expulsivo improdutivo, são um sinal de que algo pode estar errado. A apresentação correcta é sempre dos dois cascos das mãos com as solas para baixo, logo seguidas do focinho. A apresentação diferente (apenas uma mão, um ou dois cascos com a sola para cima, focinho antes dos cascos, etc.) é sinal de um parto distócico; neste caso, a sobrevivência do potro depende da pronta intervenção do médico veterinário. Alguns mal-posicionamentos fetais podem ser corrigidos manualmente pelo profissional, especialmente se forem precocemente diagnosticados. Uma percentagem muito pequena exigirá medidas mais drásticas, como cesariana ou fetotomia.

Se o potro nascer extenuado ou fraco – por exemplo, após trabalho de parto prolongado – a cabeça dele pode ficar recoberta com as membranas da placenta, com risco de asfixia. Neste caso o observador deve intervir, rompendo as membranas com os dedos da mão, e limpando as narinas do potro. Medidas de ressuscitação incluem a infusão de ar (soprando nas narinas), e fazer massagem torácica. A égua deve ser encorajada a lamber e se comunicar com o potro.

A atitude do observador deve ser de total passividade, interferindo apenas quando houver algum problema. Nos dias anteriores ao parto, ele deverá ter habituado a égua à sua presença, porém sempre mantendo distância confortável para o animal. Esta passividade deve prosseguir nas primeiras horas após o parto, pois todos os eventos que ali se passam são essenciais para o potrinho, quando ele aprende a identificar a mãe, a princípio pelo cheiro, depois também por audição e visão. Qualquer interferência irá atrapalhar este processo, ameaçando a sobrevivência do novo ser. É importante resistir a ajudar o potrinho a levantar pela primeira vez, e a localizar o úbere da mãe. Tudo isso pode repercutir negativamente no comportamento futuro do potro, além de irritar a égua, que sem querer pode magoar o potrinho.

Considerando que a maioria das éguas pare no início da madrugada, no meio da manhã o potrinho já deverá estar seco, seguindo a mãe, e mamando sem maiores dificuldades. Neste ponto, poderão ser tomados alguns cuidados básicos como desinfectar o coto umbilical com uma solução iodada. Se a égua pariu a pasto, pode ser conduzida para a cocheira, tarefa para duas pessoas: uma levando a égua, outra delicadamente conduzindo o potro, o que é melhor feito abraçando-o do tórax até a garupa, e assim o encorajando a andar. Quanto mais os outros procedimentos importantes – por exemplo, lavar cauda e períneo da égua – poderem ser deixados para o dia seguinte, quando a égua já estiver mais calma e o potrinho mais coordenado.

A ingestão do colostro, idealmente logo na primeira hora após o nascimento e no máximo durante as primeiras 24 horas de vida, é essencial para a sobrevivência do potrinho, pois fornece os anticorpos que são responsáveis pela imunidade activa do organismo. O colostro também tem propriedades laxantes que favorecem a expulsão do mecônio, que são as primeiras fezes do potrinho, formadas durante a vida intra-uterina.

Caso haja retenção de mecônio, o principal sintoma é cólica, com o potrinho de abdômen distendido e cauda erguida. Alguns criadores, aplicam um "clister" à base de vaselina líquida, para facilitar a expulsão destas fezes, que são escuras, de partículas duras e esféricas. Diferente das primeiras fezes resultantes de ingestão de colostro que podem ser mais moles e amareladas, porém tendem logo a se assemelhar àquelas dos cavalos mais velhos. Durante o cio do potro, que as éguas apresentam no nono dia após o parto, alguns potros ficam com diarréia, a qual se relaciona às alterações hormonais reflectidas no leite produzido.

Duas horas após o parto, o potrinho deve estar em pé e mamando. Um potro anormalmente fraco pode levar mais tempo, ou não conseguir andar e mamar sem ajuda. Se quatro ou cinco horas após o parto o potrinho ainda estiver deitado, o profissional veterinário deve ser avisado, para melhor examinar mãe e filho e indicar o procedimento mais adequado.

Algumas éguas primíparas (de primeiro parto) podem ter um úbere muito sensível, resistindo às tentativas de mamar do potro, por sentirem dor ou cócegas. Isto pode cumular numa completa rejeição do potro se decorrerem muitas horas, enquanto o úbere vai ficando mais inchado. O mesmo pode acontecer se o potrinho se desgarrar da mãe, por exemplo, passando por baixo da cerca do piquete. No princípio, a contenção da égua durante a primeira mamada do potro, e depois a apresentação cautelosa de ambos, pode resolver a rejeição, entretanto, a mesma pode se tornar permanente, exigindo que o potro seja manejado como órfão. A observação à distância da égua primípara, especialmente se ela for nervosa, é a melhor prevenção, colocando-a numa baia ampla, ou num "padock" bem cercado, onde ela se sinta segura.

A égua deve expulsar a placenta uma hora após o parto. A mesma tem a aparência de um saco rosado, de consistência bastante firme, e reproduz os contornos internos do útero. É praxe examiná-la para verificar se foi completamente expulsa, ou se algum pedaço permaneceu no útero. A retenção de placenta compromete muito rapidamente a saúde e a fertilidade futura da reprodutora, exigindo atenção veterinária imediata. Uma consequência frequente da retenção de placenta é a laminite – inflamação dos cascos relacionada à toxemia provocada pela infecção uterina, e que pode ter consequências fatais.

Égua e potro devem ser deixados num "padock", sozinhos ou com o animal de companhia da égua, por cerca de uma semana ou dez dias, quando então poderão ser misturados ao resto do grupo. Sempre é bom evitar a presença de potros bem maiores ou de outros animais brincalhões ou agressivos. Se houver outras éguas que tenham parido na mesma semana, elas poderão ficar juntas desde o início. É aconselhável observar o grupo durante as primeiras horas, para ter certeza de que não haverá agitação desmedida.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

De volta...

Depois de alguns meses sem atualizações vamos retomar as postagens.
Gostaríamos de receber sugestões de matérias que os amigos gostariam de ler no nosso blog.
As sugestões podem ser enviadas para o e-mail cabanhadelcielo@gmail.com

Obrigada e um abraço a todos!
Cabanha Del Cielo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

RZ Reclusion da Carapuça é arrematada por R$ 585 mil.

Apesar do bom preço, RZ Reclusion da Carapuça não atingiu o recorde da raça crioula para um fêmea, como era esperado.


Primeira oferta a entrar em pista, a atual campeã do Freio de Ouro, RZ Reclusion da Carapuça, foi arremata por R$ 585 mil, em Pelotas, na noite desta segunda-feira. Apesar do bom preço, o animal não atingiu o recorde da raça crioula para um fêmea, como era esperado.

Com 50 parcelas de R$ 11,7 mil a égua foi comprada pela Cabanha Dona Albertina, do Rio de Janeiro. Essa foi a primeira vez em 30 anos de Freio de Ouro que a vencedora atual da prova foi a leilão. RZ Reclusion foi vendida apenas cinco meses depois de conquistar o título máximo da raça crioula. O recorde da raça para um fêmea, porém, continua com BT Doriana, vendida em 2007 por R$ 675 mil.

Teoricamente, a fêmea tende a valer menos que o macho. O superintendente do Serviço de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Rodrigo Teixeira, explica que a valorização se deve ao nível de aproveitamento do macho, bem maior que o da fêmea. O animal mais valorizado da raça até hoje foi o cavalo CRT Guapo, que teve 25% da cota vendida a R$ 1,25 milhão — o valor total do exemplar seria, portanto, R$ 5 milhões. 

—  Enquanto o macho pode gerar até 120 produtos por ano, a fêmea tem capacidade para gerar, no máximo, dois — sustenta Rodrigo Teixeira.

Ainda assim, os exemplares aptos à transferência de embriões, que podem gerar dois produtos por ano, representam apenas 1% do total de fêmeas do mercado. Teixeira esclarece que somente as quatro melhores da Expointer, as três primeiras colocadas no Freio de Ouro, as três principais da geral da Marcha de Resistência e as éguas que estão dentro do registro de mérito da ABCCC são as autorizadas à geração de mais de um produto — todas as outras fêmeas ficam restritas a um único embrião, que pode ser gerado por ela ou por uma receptora.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Laminite


A laminite caracteriza-se por inflamação das lâminas sensíveis dos cascos. Pode ser aguda ou crônica e afetar um ou os quatro pés.
É possível o diagnostico através do histórico do caso, postura do animal, aumento da temperatura dos cascos, expressão de dor e ansiedade do animal. O Raio X pode ser usado nos casos crônicos.
As causas da laminite são: ingestão de água fria por animal recém-esquentado;
  • ingestão excessiva de grãos;
  • comoção durante o trabalho árduo e rápid, na preparação para corridas;
  • trabalho excessivo a animais destreinados;
  • toxemias como seqüela de metrites.

    SINTOMAS - Ela pode ter apararição repentina trazendo sintomas locais e generalizados, tais como:
  • na laminite aguda, estes aparecem repentinamente;
  • elevação da temperatura, da respiração e do pulso;
  • espasmos crônicos e sudorese aumentada devido à forte dor;
  • oposição dos animal à movimentação;
  • temperatura elevada das extremidades afetadas;
  • os animais se apresentam nervosos e inquietos.

    TRATAMENTO - Deve-se solicitar a intervenção do médico veterinário pois, seu diagnóstico deve ser imediato, para que que se evite a rotação do osso terceira falange em direção à sola do casco e o provável descolamento do casco das laminas.




domingo, 12 de fevereiro de 2012

Quem doma um cavalo?



Domar um cavalo pode significar muitas coisas. Amansar, montar, conseguir fazer algo que antes não se conseguia, deixar o cavalo submisso, ganhar do cavalo. Para cada pessoa a doma tem um significado diferente, alguns positivos outros negativos pelo ponto de vista do cavalo. Quando tomamos a decisão de iniciar um potro, devemos sempre considerar que a partir daquele momento, um tanto a mais de responsabilidade sobre esta decisão passa a ser da pessoa, e não do cavalo. 
O cavalo não escolheu ser domado, nem tampouco trabalhado pelo ser humano. Por isso, ao iniciar um potro devemos ter este respeito, esta abertura, este comprometimento. Vejo muitos 
treinadores que, ao tomarem a decisão de iniciar o potro entram e travam uma batalha contra o potro, como se tivessem a obrigação de vencer, de ganhar, de ser mais ou maior do que o cavalo. Na verdade, o que vemos destes profissionais é um resultado pobre em qualidade, rico 
em palavras e atos brutos, e principalmente, um cavalo que passa a desenvolver reações que passam de desconfortáveis à perigosas em um curso espaço de tempo. E, nos dias de hoje, onde temos novos clientes que nunca tiveram cavalos antes, um cavalo perigoso é algo muito 
perigoso... 
Tudo isto ocorre todos  os dias no que chamo de “Brasil dos cavalos”. Imagine agora, neste momento, quantos potros estão sendo domados, iniciados, em contato com as pessoas pela primeira vez. 
Talvez o que devamos pensar então é: quem doma um cavalo? Este “quem” obviamente não significa qual pessoa, mas sim quais alguns dos principais fatores que fazem um potro bem iniciado, bem trabalhado? Em minha opinião, independentemente de metodologia ou ferramentas, devemos nos concentrar em 2 sentimentos: paciência e vontade de 
ensinar. Com estes dois sentimentos, conseguiremos descobrir quem 
doma potros... 

Aluisio Marins, MV

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Anemia Infecciosa Equina


Esta doença. também conhecida como "febre dos pântanos", é produzida por um vírus. É mais freqüente em terrenos baixos e mal drenados ou em zonas úmidas muito florestadas.
Apresenta-se em várias formas clínicas, todas com importância e é disseminada em todo o mundo.
Os estudos iniciais desta doença foram realizados na França em 1843; em 1859 foi constatado pelo pesquisador Anginiard o caráter contagioso da doença, sendo que a primeira demonstração de doença virótica foi feita em 1904/1907.
No Brasil, a primeira descrição desta doença verificou-se em 1968, por Guerreiro e col.
Os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes.
A doença tende a apresentar-se sob forma enzoótica em fazendas ou áreas, não havendo disseminação fácil e rápida, nunca se observando, segundo Scott, contágio de animal para animal.
Graves perdas são causadas nas áreas endêmicas, podendo desaparecer a mortalidade com o passar do tempo.
Observação feita por Fulton, que injetou água de charcos na veia de eqüinos reproduzindo a AIE, veio confirmar a teoria de Lohr, isto é, de que a infecção natural advém da ingestão, pelos insetos transmissores, de água ou alimentos contaminados.
O vírus está presente no sangue, saliva, urina, leite, etc.
Os surtos aparecem quando é introduzido na manada um animal infectado ou portador. Casos crônicos podem existir em qualquer época do ano e, são mais suscetíveis os animais desnutridos, débeis e parasitados.
TRANSMISSÃO
É feita principalmente por insetos sugadores (moscas e mosquitos). Já foram também comprovadas as transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen (acasalamento) e pelo soro-imune.
As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.
O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não-habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se portados permanente.
SINTOMAS
Há uma forma aguda e outra crônica. Todavia o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma.
A forma aguda é assim caracterizada:
  • a) febre que chega a 40,6c;
  • b) respiração rápida;
  • c)abatimento e cabeça baixa;
  • d)debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
  • e)deslocamento dos pés posteriores para diante;
  • f)inapetência e perde de peso.
  • Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crônica.
    Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas.
    Com ataques há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.
    A doença pode acometer eqüídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade. A Tem como vetor, insetos hematófagos, porém, a transmissão pode ocorrer através de agulha usada. Todo proprietário deve fazer duas vezes por ano, exame eliminando os animais positivos e comunicar à Casa da Agricultura.
    Qualquer eqüídeo, para ser transportado precisa ter atestado de anemia eqüídeo infecciosa negativa.
    PROFILAXIA
    Combate aos insetos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguadas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada; não introdução de animais infectados na fazenda; uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos só depois de bem esterilizados.
    TRATAMENTO
    Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins positivo deve ser sacrificado.
    CONTROLE
    • Isolar os animais com sintomas suspeitos (fazer o Teste de Coggins);
    • Retestar periodicamente todos os animais;
    • Evitar a entrada na fazenda de animais vindos de zonas enzoóticas sem os testes negativos recentes de imunodifusão;
    • Drenar as zonas pantanosas e controlar os insetos transmissores;
    • Todo material usado nos animais (para cirurgia, tatuagem, injeções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura por mais de 30 minutos;
    • A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios.

    sábado, 4 de fevereiro de 2012

    Coisas que todas as Cabanhas deveriam saber

         • A filosofia de se criar bem, não somente em genética, mas em morfologia, conformação. Em determinadas raças, são poucos os que se preocupam com isso;


         • A filosofia de se criar pouco, com qualidade. Não é quem tem mais que é o melhor. Quem tem melhor é o melhor...
         • A filosofia de se criar cavalos que sirvam para o mercado em que trabalham, e não somente criar...
         • A filosofia de se unir cores, pelagens à morfologia correta e boa conformação.
         • A filosofia de se procurar éguas ao invés de somente garanhões. Existem muitos garanhões.
         • A filosofia de não se achar que todo cavalo bom poderá ser garanhão.
         • A prioridade pelo bom manejo dos potros, não somente na hora da doma, mas principalmente quando do desmame. Para isto, um profissional qualificado deve ser destacado;
         • A prioridade em se alimentar corretamente as éguas prenhas e não somente os potros. A saúde de um potro começa na barriga da mãe.
         • A idéia de função. Em sua altíssima maioria, o comprador final de um cavalo quer usá-lo. São raras as raças sem função. São muitas as raças que já foram extremamente funcionais e deixaram de lado esta grande ideia.
         • A filosofia de que os funcionários formam-se dentro das cabanhas. Nos tempos de hoje, os funcionários devem ser formados nas cabanhas, em cursos, oportunidades de reciclagem, troca de experiências e aprendizado.
         • As cabanhas devem abolir definitivamente a idéia de que treinar um funcionário é perda de tempo ou dinheiro. Ou mesmo que se treinar um funcionário a concorrência o leva embora. Não treine e fique com um funcionário mal treinado, ruim ou mesmo que poderia ser muito melhor.



    quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

    Seja bem vindo Amanecer Del Cielo RP 05

    Bom dia amigos!
    É com imenso prazer que vos apresento nosso mais novo integrante da família Del Cielo, nosso RP 05 que nasceu no AMANHECER de hoje, 02/02/2012, trazendo muita alegria!
    Nosso AMANECER DEL CIELO é colorado, malacara e calçado das quatro patas.
    SEJA BEM VINDO AMANECER DEL CIELO! 


    terça-feira, 31 de janeiro de 2012

    Guloseimas x Cavalo


    Como gosto de fazer “agrado” para os meus cavalos, hoje resolvi pesquisar sobre o fornecimento de açúcar, balas, torrões, rapaduras ou mesmo chocolate para cavalos. Podemos considerar estes produtos como “guloseimas” que podem ser oferecidas, abaixo temos algumas ressalvas para que não tornemos algo agradável em problemas.
    Quando as guloseimas são fornecidas em altas quantidades, podem resultar em cáries nos cavalos, fazendo com que a dentição fique fraca para sua principal função que é triturar os alimentos. Além disso, cavalos acostumados às guloseimas diárias ou condicionados ao trabalho seguido de guloseimas, podem adquirir alterações comportamentais até graves, como morder, colocar o rosto nas pessoas, invadir espaços, etc. Assim, seguem abaixo algumas considerações sobre as guloseimas para cavalos:
    • Prefira sempre produtos naturais como cenoura, beterraba ou mesmo o açúcar mascavo;
    • Não condicione seu cavalo às guloseimas. É comum vermos cavalos que ficam esperando ansiosamente pelas guloseimas, resultando em um nervosismo e um alto gasto de energia sem necessidade.
    • Cavalos que recebem muitas guloseimas podem apresentar sintomas de morder as pessoas, mesmo que sem a intenção do mesmo;
    • Ao fornecer uma bala ou torrão de açúcar, lembre-se que para isto deve haver um motivo. Um bom trabalho, uma boa caminhada, um simples agrado depois de uma sessão de treinamento. Sem um motivo claro (claro do ponto de vista dos cavalos), a guloseima será apenas mais um agrado e não algo com um bom motivo;
    • Ao fornecer a guloseima, cuidado com suas mãos. Abra-as muito bem para que o cavalo não pegue seus dedos com os dentes. Faça seu cavalo aprender a pegar o produto de sua mão, com calma e tranqüilidade,devagar e com paciência.
    • Não pense que seu cavalo gosta mais ou menos de você exclusivamente por causa das guloseimas. Não tem problema algum se um dia ou outro.

    quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

    Simplesmente um cavalo...

    Algumas pessoas nos dizem para não dar tanto valor aos nossos "cavalo", pois são "apenas cavalos",  pra que investir tanto dinheiro neles?
    Não sabem entender o tempo gasto, os custos envolvidos  com estes "simples cavalos"...
    Muitos dos meus momentos foram marcados por "estes cavalos", muitas horas que passamos juntos, outras que apenas um "cavalo" era a companhia... 
    Momentos que só queria ter um "cavalo" ao meu lado para clarear a escuridão, as vezes para alegrar o coração... 
    O olhar meigo de um "cavalo", foi o motivo muitas vezes para me fazer sorrir quando estava com vontade de chorar... 
    Já sofri quando perdi um "cavalo" que convivi poucos meses, mas já fazia parte da minha vida... 
    Acredito que nunca mais nenhum vai preencher o vazio que ele deixou... ele era apenas um "cavalo".
    "Só um cavalo" traz para a minha vida a verdadeira essência da amizade, confiança e pura alegria desenfreada. "Só um cavalo" mostra compaixão e paciência que me fazem uma pessoa melhor. 
    Por causa de "apenas um cavalo" eu me levanto cedo para ir para longas caminhadas e esperando ansiosamente pelo futuro.
    Para mim e pessoas como eu, não são "apenas um cavalo", é a encarnação de todos os sonhos e esperanças para o futuro, as memórias do passado e a alegria pura do momento.
    "Só um cavalo" traz à tona o que é bom em mim e desvia-me para longe das preocupações do dia. 
    Espero que um dia estas pessoas entendam que é "apenas um cavalo".
    E lembre-se, da próxima vez que você ouvir a frase de que "é apenas um cavalo" apenas dê um sorriso, porque esta pessoa, pois ela "simplesmente não entende o que é um cavalo".