A
primeira pergunta que nos vem a mente quando se trata de desmame de potros é:
Existe realmente a necessidade de desmamá-los? Na verdade não se trata de urna
prática incondicional, ela vai ocorrendo naturalmente à medida que o potro
chega ao seu primeiro ano de vida. A produção de leite, bem como sua qualidade,
vão declinando com os meses e a égua tende a rejeitar o potro gradativamente.
São
consideradas três importantes razões para o procedimento do desmame: primeira,
evitar o desgaste da égua que foi fecundada nos primeiros cios após a parição
(a demanda de nutrientes e minerais é muito maior no caso da gestação
concomitante à lactação); segunda, quando o potro apresenta bom desenvolvimento
e a posição adotada no ato de mamar já compromete seus aprumos; e finalmente
para os casos de reprodutoras idosas ou desgastadas e para os potros que irão
iniciar condicionamento (exposições ou trabalho), onde há necessidade de manejo
alimentar criterioso. Adotado o procedimento da desmama, surge nova dúvida:
Como fazê-lo?
O desmame
representa privação, ausência, mudança e quando realizado de maneira abrupta.
se transforma para O potro num acontecimento desastroso”. Muitas são as novas
situações às quais ele deve se adaptar. Há perda de peso pela falta do leite e
mudança alimentar; diversos ferimentos ao tentar reencontrar a mãe e.
principalmente. uma susceptibilidade maior as infecções devido à queda de
resistência orgânica que todo esse estresse causa.
Para
atenuar esse quadro, adota-se um desmame racional onde as mudanças são lentas e
progressivas, permitindo que o potro se adapte à nova alimentação e ao convívio
mais intenso com o homem e outros animais que não a sua mãe.
Muitas das
orientações a seguir referem-se ao caso de um haras com vários potros, onde é
necessário ter um sistema de desmame planejado, mas, se você tem um ou dois
potros em sua propriedade e quer saber qual t melhor maneira de desmamá-los
poderá adaptar essas recomendações à sua realidade, sempre tentando diminuir o
trauma que essa separação representa.
Seguem
algumas dicas pata ajuda-lo a realizar o desmame dos potros de uma maneira
coerente; algumas variações do procedimento racional e alguns cuidados com a
alimentação, crescimento, vacinações, vermifugações, aprumos e manejo em geral.
ANTES DO DESMAME
1. Nos
sistemas de criação a campo, onde os lotes de animais permanecem dia e noite
soltos, a partir de vinte dias de idade, o potro com perfeita saúde já pode
dormir no piquete, mesmo no inverno. A baia fica restrita a potros que
apresentem algum problema e por isso necessitem de cuidados intensivos.
2. Manter
os potros a campo é mais econômico, higiênico e saudável. As brincadeiras e
correrias desenvolvem melhor a musculatura. Eles adquirem maior resistência às
infecções, especialmente àquelas da esfera respiratória.
3. Para as
regiões de condições climáticas muito severas onde há exigência da restrição em
baia durante a noite, é importante manter uma perfeita higiene dessa instalação
e conservar a cama (revestimento do piso) sempre bem limpa e seca.
4. Os contatos do potro com seu tratador
já se estabelecem nos primeiros momentos de vida quando se realiza a
desinfecção de seu umbigo. E um bom procedimento de manejo, colocar no potrinho
um cabresto e, delicadamente fazer com que ele se acostume ao contato humano e
obedeça aos comandos.
5. Desde o nascimento do potro,
quinzenalmente é importante verificar o peso, a altura e os aprumos de seus
membros locomotores. Esses aspectos devem ser observados e corrigidos.
permanecendo atualizados por ocasião do desmame.
7. Quanto
ao casqueamento, o início e sua periodicidade estão na dependência de cada
animal individualmente. E preciso verificar se existem defeitos nos aprumos
(com desgaste desigual dos cascos) e qual à gravidade deles. As correções devem
ser realizadas sob orientação técnica para que essa condição não se agrave à
medida que o potro se desenvolve.
8. Com o passar dos meses, a produção de leite da égua declina em
qualidade e quantidade. Para um desenvolvimento perfeito do potro, existe a
necessidade de uma suplementação alimentar. A maneira mais usual é começar a
oferecer, a partir de um mês de idade, ração para potros, seja em local de
acesso exclusivo aos potros ou simplesmente em cocho separado da égua.
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