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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Dicas para o Desmame de Potros


A primeira pergunta que nos vem a mente quando se trata de desmame de potros é: Existe realmente a necessidade de desmamá-los? Na verdade não se trata de urna prática incondicional, ela vai ocorrendo naturalmente à medida que o potro chega ao seu primeiro ano de vida. A produção de leite, bem como sua qualidade, vão declinando com os meses e a égua tende a rejeitar o potro gradativamente.
São consideradas três importantes razões para o procedimento do desmame: primeira, evitar o desgaste da égua que foi fecundada nos primeiros cios após a parição (a demanda de nutrientes e minerais é muito maior no caso da gestação concomitante à lactação); segunda, quando o potro apresenta bom desenvolvimento e a posição adotada no ato de mamar já compromete seus aprumos; e finalmente para os casos de reprodutoras idosas ou desgastadas e para os potros que irão iniciar condicionamento (exposições ou trabalho), onde há necessidade de manejo alimentar criterioso. Adotado o procedimento da desmama, surge nova dúvida: Como fazê-lo?
O desmame representa privação, ausência, mudança e quando realizado de maneira abrupta. se transforma para O potro num acontecimento desastroso”. Muitas são as novas situações às quais ele deve se adaptar. Há perda de peso pela falta do leite e mudança alimentar; diversos ferimentos ao tentar reencontrar a mãe e. principalmente. uma susceptibilidade maior as infecções devido à queda de resistência orgânica que todo esse estresse causa.
Para atenuar esse quadro, adota-se um desmame racional onde as mudanças são lentas e progressivas, permitindo que o potro se adapte à nova alimentação e ao convívio mais intenso com o homem e outros animais que não a sua mãe.
Muitas das orientações a seguir referem-se ao caso de um haras com vários potros, onde é necessário ter um sistema de desmame planejado, mas, se você tem um ou dois potros em sua propriedade e quer saber qual t melhor maneira de desmamá-los poderá adaptar essas recomendações à sua realidade, sempre tentando diminuir o trauma que essa separação representa.
Seguem algumas dicas pata ajuda-lo a realizar o desmame dos potros de uma maneira coerente; algumas variações do procedimento racional e alguns cuidados com a alimentação, crescimento, vacinações, vermifugações, aprumos e manejo em geral.

ANTES DO DESMAME
1. Nos sistemas de criação a campo, onde os lotes de animais permanecem dia e noite soltos, a partir de vinte dias de idade, o potro com perfeita saúde já pode dormir no piquete, mesmo no inverno. A baia fica restrita a potros que apresentem algum problema e por isso necessitem de cuidados intensivos.
2. Manter os potros a campo é mais econômico, higiênico e saudável. As brincadeiras e correrias desenvolvem melhor a musculatura. Eles adquirem maior resistência às infecções, especialmente àquelas da esfera respiratória.
3. Para as regiões de condições climáticas muito severas onde há exigência da restrição em baia durante a noite, é importante manter uma perfeita higiene dessa instalação e conservar a cama (revestimento do piso) sempre bem limpa e seca.
4. Os contatos do potro com seu tratador já se estabelecem nos primeiros momentos de vida quando se realiza a desinfecção de seu umbigo. E um bom procedimento de manejo, colocar no potrinho um cabresto e, delicadamente fazer com que ele se acostume ao contato humano e obedeça aos comandos.
5. Desde o nascimento do potro, quinzenalmente é importante verificar o peso, a altura e os aprumos de seus membros locomotores. Esses aspectos devem ser observados e corrigidos. permanecendo atualizados por ocasião do desmame.
6. A vermifugação mensal a partir dos trinta dias de idade, com produtos sabidamente eficazes (vacinação contra tétano, encefalomielite leste e oeste, gripe, garrotilho e/ou outras vacinas conforme necessidade regional ou do próprio haras), devem ser procedimentos de rotina a partir do nascimento do potro.
7. Quanto ao casqueamento, o início e sua periodicidade estão na dependência de cada animal individualmente. E preciso verificar se existem defeitos nos aprumos (com desgaste desigual dos cascos) e qual à gravidade deles. As correções devem ser realizadas sob orientação técnica para que essa condição não se agrave à medida que o potro se desenvolve.
8. Com o passar dos meses, a produção de leite da égua declina em qualidade e quantidade. Para um desenvolvimento perfeito do potro, existe a necessidade de uma suplementação alimentar. A maneira mais usual é começar a oferecer, a partir de um mês de idade, ração para potros, seja em local de acesso exclusivo aos potros ou simplesmente em cocho separado da égua.

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